Cobertura da abertura do RioMarket 2023

Walkiria Barbosa, Leonardo Edde, Tiago Mafra e Marcelo Caleri apresentaram a edição desse ano com muita esperança.


A abertura do RioMarket 23 foi de muita esperança e positividade para o setor audiovisual carioca. A diretora-executiva Walkiria Barbosa comentou da obra realizada na casa Villa Venturosa, local tombado no bairro da Glória que foi totalmente reformado para sediar a edição desse ano do evento. O espaço poderá ser utilizado posteriormente para reuniões e debates sobre o cinema, exibições de trailer, produtos e outros conteúdos relativos à produção cinematográfica.

Walkiria Barbosa falou que o objetivo principal dessa edição é a criação de uma política de Estado para o audiovisual brasileiro. Serão discutidos diversos temas importantes, como o combate a pirataria, que, segundo algumas pesquisas realizadas, talvez seja o elemento mais importante de afastamento das pessoas das salas de cinema. Outra meta importante do RioMarket é estabelecer uma relação próxima com alguns países, como a China, com a qual está sendo discutido um acordo de coprodução. Um dos convidados desse ano é o presidente da China Media Group, Shen Haixiong. 

Leonardo Edde, vice-presidente da Firjan, afirmou que o Festival está se recuperando e o Rio de Janeiro também. O Festival do Rio é uma celebração da cultura e tem o potencial de mostrar o Brasil para o mundo e exportar uma imagem brasileira. Fabio agradeceu ao secretário da cultura do Estado do Rio de Janeiro Marcelo Caleri pela renovação de cota de tela, votação muito importante que ocorreu ontem, dia 03/10. Uma figura muito importante na viabilização dessa conquista foi Jandira Feghali, que auxiliou no fortalecimento do papel da Ancine.

Marcelo Caleri afirmou que não há nada mais estratégico para um país do que a produção de conteúdo. O audiovisual não é só uma arte, mas uma indústria que movimenta diversos empregos e faz circular a economia. A votação da cota foi um sucesso, porque uniu diversos partidos e deputados que foram favoráveis a medida. Marcelo ressaltou que o Festival do Rio, por sua importância e grandeza, influencia outros festivais e possibilita o fomento do audiovisual carioca. Ele também defendeu que o evento é uma forma de inserção do Brasil no mundo e que é preciso investir na internacionalização do cinema carioca.

Tiago Mafra, diretor-presidente da Ancine, agradeceu a Walkiria Barbosa e ao Leonardo Edde pelo incansável aperfeiçoamento e debate para polir as políticas públicas do cinema. Para ele, o RioMarket tem o potencial de reenergizar as forças dos trabalhadores do audiovisual para permiti-los voltarem mais fortes e dispostos a lutar pela valorização e pelo sucesso do setor. O Rio de Janeiro tem uma grande importância para o cinema nacional, porque um quarto das obras produzidas e dos projetos selecionados pelo FSA vem desse estado. O Rio tem significativas leis de incentivo e, portanto, representa uma capital cultural.

Walkiria Barbosa encerrou a abertura convidando todos para assistirem as palestras de hoje, especialmente sobre a Coréia do Sul, ministrada pela pesquisadora Luana Rufino. Ela apresentará um estudo de caso sobre as políticas públicas implementadas na Coréia do Sul no setor audiovisual. A mensagem é de que devemos nos inspirar nesse país e fomentar nossa indústria audiovisual para que também possamos nos tornar uma potência.